O Chocolatier

 

Tradição, história, cultura dos povos da floresta e sustentabilidade se tornaram os ingredientes da receita que César De Mendes criou para conceber um incrível chocolate com terroir amazônico feito a partir do cacau nativo da região. E esse gosto marcante é ainda mais especial para o fundador da empresa porque o chocolate remete às suas origens e à sua memória afetiva. Saiba mais sobre a história desse chocolatier que fez da culinária uma arte e uma ferramenta de transformação de um território e do modo de vida dos seus habitantes. César De Mendes nasceu em Macapá, capital do estado do Amapá. Mudou-se com a família para Belém quando ainda era criança e vem da capital paraense as suas primeiras lembranças com o chocolate. O chocolatier tem ainda viva em suas memórias as imagens da sua avó fazendo suco de cacau e chocolate com o fruto que ela mesma colhia do pé. No entanto, a paixão pelo chocolate só se tornou uma profissão anos mais tarde. César de Mendes escolheu inicialmente a carreira acadêmica nas áreas de química e engenharia química. Pesquisador e professor, ele possui cinco especializações e dois mestrados, Química de Produtos Naturais e Tecnologia de Alimentos.

Ao longo de sua trajetória profissional, César prestou serviços como consultor e em uma das ocasiões ele teve a oportunidade de trabalhar com a prefeitura de Medicilândia, a cidade que mais produz cacau no Pará. Esse trabalho o fez voltar ao passado e mudou a sua vida. Em 2009 ele decidiu criar uma fábrica de chocolate que se chamava Amazônia Cacau. Mas, ele sentia que ainda faltava alguma coisa, tinha uma lacuna. César notou que faltava uma identidade, um toque especial. Até que o chocolatier percebeu que a presença da Amazônia deveria ir além do nome, ela deveria estar no seu modo de produção das barras e no gosto de cada uma delas. Foi nesse momento que César De Mendes transformou totalmente a sua vida. O chocolatier vendeu a fábrica e mudou-se para Colônia Chicano, comunidade de ribeirinhos e quilombolas em Santa Bárbara do Pará, onde fundou a Chocolate De Mendes. Morando na pequena cidade paraense, César percebeu o quanto tinha em comum com aqueles habitantes daquelas terras e quis incorporar os valores e o modo de vida dessas pessoas ao chocolate que produzia. E isso tudo não fica só no discurso. A De Mendes acredita que o chocolate é uma potência da biodiversidade local e tem um modelo sustentável de produção que respeita a natureza e as comunidades que vivem na região. A partir de sua forte relação com a terra, os povos amazônicos selecionam as amêndoas de cacau e cupuaçu para atender o alto grau de excelência sensorial requerido pela produção da De Mendes. Além disso, todos eles são treinados para atuar na colheita, seleção, fermentação e secagem das amêndoas. Dessa maneira, os povos locais têm acesso à renda manejando a floresta sem destruí-la. Eles atuam dentro de sistemas agroflorestais que são caracterizados pela associação da agricultura e produção de alimentos com a floresta. Ou seja, nessas terras o desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente são totalmente compatíveis e constitui-se em uma realidade. A produção gira, atualmente, em torno de 300 quilos de chocolate por mês. "As nossas barras de chocolate contam histórias e são ricas em cultura desses povos. A De Mendes tem um propósito. Tínhamos uma ansiedade muito grande de contribuir com a qualidade de vida das pessoas e também somar para ajudar a preservar a cultura dos povos que vivem na Amazônia, para manter a floresta de pé também. Ela é muito importante para o equilíbrio climático do planeta", destacou o chocolatier que bota a mão na massa no dia a dia.

 

 

 

César se aventura em buscas na floresta amazônica em busca de novas variedades de cacau nativo, o que lhe rendeu o apelido de Indiana Jones do Chocolate e fama dentro e fora do Brasil. O resultado dessa receita tão especial é um chocolate premium que junta o conhecimento do chocolatier com os saberes dos povos da floresta. Todas as barras são resultado dos valores das comunidades envolvidas na produção e referenciadas por territórios com biomas diferentes que refletem no gosto todo especial dos chocolates De Mendes. Elas carregam histórias e culturas. César De Mendes não possui apenas uma relação de trabalho com as comunidades e tribos indígenas que estão envolvidas na produção das barras. O chocolatier tem uma relação de troca e forte conexão com esses povos. Ele tem uma preocupação genuína com o bem-estar deles e desenvolve relações de amizade mesmo com essas pessoas. César faz todo um trabalho de capacitação com todos que fazem parte dessa rede para transmitir o conhecimento sobre a colheita do cacau e o processo de fermentação. Cada barra tem uma história por trás e demonstra essa relação que César construiu com as comunidades e tribos indígenas. O Chocolate Bom Jardim - 63% Cacau é um exemplo. Essa barra é feita com as amêndoas de cacau colhidas pelos irmãos Manoel do Carmo Monteiro da Silva (Xiba), Raimundo Monteiro da Silva (Mundinho) e João Monteiro da Silva, que também realizam a fermentação. A família mora na comunidade ribeirinha Bom Jardim, em Barcarena, no Pará. César se tornou muito próximo de Xiba, um mateiro em essência, ao colherem cacau juntos e no treinamento que o chocolatier ofereceu para ensiná-lo a fazer a fermentação. Xiba se interessou tanto que fez algumas experimentações nesse processo, o​ que originou quatro variações de chocolate. A partir daí, começaram a trabalhar juntos e conceberam uma outra barra única: a Chocolate Xiba com inacreditáveis 81% de cacau. A produção do chocolate De Mendes ainda se tornou uma arma de resistência para a tribo Yanomami em sua luta contra o garimpo ilegal. A parceria frutífera entre César e o povo Yanomami se deu por meio de uma ponte que foi feita pelo Instituto Socioambiental (ISA). O trabalho em conjunto deles originou a barra Chocolate Yanomami Ye'kwana, feita com o cacau colhido na terra indígena Yanomami, mais precisamente ao longo das margens dos rios Uraricoera e Toototobi, na parte da Amazônia brasileira que fica no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela. Como o local de colheita do cacau era de difícil acesso, César promoveu uma oficina de agrofloresta para este povo a fim de que eles conseguissem plantar o cacau em um lugar mais próximo da comunidade. Cerca de 50 indígenas Yanomami participaram do treinamento.

 

 

​Da admiração de César e relação de César com as mulheres da AMABELA (Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Município de Belterra) nasceu o Chocolate Cupulate Kunkuni - 70% Cacau. Feito com amêndoas de cupuaçu colhidas na cidade paraense de Belterra, região do Rio Tapajós, a produção dessa barra é distribuída em dezenas de comunidades no território. Em uma região dominada pela soja e pelo agronegócio, 75 mulheres trabalhadoras rurais aliam demandas produtivas e agroecológicas às pautas feministas, criando a associação AMABELA. Mulheres aguerridas que aliam saberes ancestrais, força e gentileza. Elas enfrentam com muita resiliência um dia a dia marcado pela violência e problemas familiares. Espalhadas pelo território, elas tratam a semente do cupuaçu de um modo tradicional que provoca a permanência do sabor da fruta até a fabricação do cupulate. Experimente o sabor de um chocolate que tem história, cultura e sustentabilidade como os principais ingredientes. Temos uma produção totalmente artesanal e os chocolates são vendidos pela internet. Clique aqui e confira o nosso catálogo de chocolates com sabores únicos da Amazônia.

Sobre a loja

Chocolate em barra De Mendes tem gosto da biodiversidade da Amazônia. ​A produção de um chocolate com terroir amazônico é a especialidade da De Mendes. Todos os produtos são elaborados à partir da seleção de cacau nativo com excelência sensorial. Como a Amazônia comporta variados biomas, o local específico em que o fruto foi colhido e o pré-processamento das amêndoas faz toda a diferença no sabor de cada chocolate em barra produzido de forma artesanal e sustentável pelo chocolatier César De Mendes.

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